quarta-feira, 6 de maio de 2009

O Soldadinho de Chumbo

Hans Christian Andersen

De um pedaço de cano velho de chumbo, surgiram 25 Soldadinhos de Chumbo, com espingardas ao ombro e uniformes em vermelho e azul.
Ao serem tirados da caixa pelo aniversariante, foram colocados numa mesa bem enfileiradinhos. Seriam idênticos não fosse por um deles que só tinha uma perna (a quantidade de chumbo era pouca e não deu para a outra), mas, isso não impedia que ele ficasse de pé como os outros.
A sala estava cheia de brinquedos mas o que mais chamava a atenção do Soldadinho era uma menina à porta de um castelo de papel. Vestida de bailarina num tecido vaporoso, com um xale preso a uma lantejoula, tinha braços e uma das pernas levantadas; o Soldadinho mal conseguia a ver, de tão levantada a perna estava. Pensou, então, que ela também, como ele, teria uma só perna. O Soldadinho apaixonou-se, embora se achasse pobre morando numa caixa de sapato e ela, linda, num castelo.
À noite, acontecia sempre uma festa entre os brinquedos; só a Bailarina e o Soldadinho não se mexiam: ele, o tempo todo olhando para ela e ela naquela pose na pontinha do pé.
À meia-noite, quando o relógio bateu....dom....dom.........., de dentro de uma caixa de rapé, pulou um duende que logo mandou o Soldadinho tirar os olhos de cima da Bailarina. Como ele não atendeu, o duende malvado ameaçou-o "Espera só até amanhã! Vais ver uma coisa!"
Pela manhã, a ameaça concretizou-se e o Soldadinho foi atirado, pelo vento, lá para fora. Como chovia, a água levou-o e fez com que ele passasse por muitos lugares, pelas mãos de várias crianças e até por um peixe foi engolido, mas, tantas voltas deu que voltou ao seu ponto de partida. Reconheceu as crianças com quem brincara, os brinquedos seus amigos e principalmente, quem lá estava elegante e linda? A menina Balarina. Ele quase chorou lágrimas de chumbo. Eles olharam-se e nada disseram.
Não sabemos se o duende foi o causador, mas uma das crianças, sem razão aparente, arremessou o Soldadinho no fogo que ardia na lareira. Ele sentiu um calor horrível. Seria de amor? Os dois olharam-se e lentamente ele foi perdendo as cores e derretendo. Uma rajada forte de vento aturou a Bailarina na lareira e uma chama consumiu-a, rapidamente. Deles só restou uma bolinha de chumbo em forma de coração e uma lantejoula queimada preta como carvão.

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